Navio movido a vento poderá mudar transporte marítimo.

segunda-feira, 21 de setembro de 2020

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Navio movido a vento poderá mudar transporte marítimo: vídeo

Navio movido a vento - Foto: divulgação /Wallenius Marine
Navio movido a vento - Foto: divulgação /Wallenius Marine

A Suécia apresenta o protótipo do primeiro navio cargueiro movido a vento! A medida é uma resposta positiva no combate à poluição, às mudanças climáticas e ao aquecimento global.

Os criadores do Oceanbird esperam entregar a primeira unidade do navio em 2024. As encomendas começam no ano que vem.

O Oceanbird – pássaro do oceano, em tradução livre – tem cinco velas de aço, parecidas com as asas de um avião. Quando içadas, elas alcançam uma altura de até 105 metros acima do nível do mar, capturaram a força do vento e impulsionam o navio no oceano.

De acordo com os responsáveis pelo projeto, o uso do vento pode reduzir em 90% o consumo de combustível para transportar uma carga pelo mar, o que vai diminuir a poluição.

O navio também tem um motor à combustão, para auxiliar nas manobras do navio nos portos.

O navio

O governo sueco investiu 27 milhões de coroas suecas – 16,4 milhões de reais – no desenvolvimento do navio.

O projeto é liderado pela empresa de transporte marítimo sueca Wallenius Marine, em conjunto com o Instituto Real de Tecnologia de Estocolmo e o instituto de pesquisa SSPA.

Com 200 metros de comprimento e 45 metros de largura, o Oceanbird é um cargueiro voltado para o transporte de carros, caminhões e outros tipos de veículos – uma classe de navio conhecida pela sigla PCTC (pure car truck carrier).

Quando a primeira unidade ficar pronta, ela terá capacidade de transportar até 7.000 automóveis.

Poluição

O projeto para criar um navio cargueiro que consuma menos combustível e reduza as emissões de gás carbônico, vem sendo desenvolvido desde o ano passado.

Hoje, o transporte marítimo é responsável por 3% das emissões de CO2 no mundo.

A meta da Organização Internacional Marítima (IMO), uma agência ligada à ONU, é reduzir em até 50% as emissões de gases do efeito estufa do setor até 2050, em relação aos níveis de 2008.

Embora não seja um navio cargueiro veloz – a velocidade média estimada é de 18,5 quilômetros por hora – a expectativa é de que o Oceanbird ajude a reduzir o impacto da indústria marítima no aquecimento global.

A estimativa é de que ele terá capacidade de cruzar o Oceano Atlântico, entre a Europa e os Estados Unidos, em 12 dias. Os navios atuais costumam para fazer o mesmo trajeto em 8 dias.

Assista:

Com informações do OceanBirdWallenius   

https://www.sonoticiaboa.com.br/2020/09/15/navio-cargueiro-movido-vento-podera-mudar-transporte-maritimo/?utm_source=MidiaR7&utm_medium=MidiaR7

terça-feira, 28 de junho de 2016

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Estudo mostra que o Aquífero Guarani está contaminado por agrotóxicos. 

Publicado em maio 19, 2011 por .
O Aquífero Guarani, manancial subterrâneo de onde sai 100% da água que abastece Ribeirão Preto, cidade do nordeste paulista localizada a 313 quilômetros da capital paulista, está ameaçado por herbicidas.
A conclusão vem de um estudo realizado a partir de um monitoramento do Departamento de Água e Esgotos de Ribeirão Preto (Daerp) em parceria com um grupo de pesquisadores, que encontrou duas amostras de água de um poço artesiano na zona leste da cidade com traços de diurom e haxazinona, componentes de defensivo utilizado na cultura da cana-de-açúcar. No período, foram investigados cem poços do Daerp com amostras colhidas a cada 15 dias. As concentrações do produto encontradas no local foram de 0,2 picograma por litro – ou um trilionésimo de grama. O índice fica muito abaixo do considerado perigoso para o consumo humano na Europa, que é de 0,5 miligrama (milésimo de grama) por litro, mas, ainda assim, preocupa os pesquisadores, que analisam como possível uma contaminação ainda maior. No Brasil, não há níveis considerados inseguros para as substâncias. Ainda assim, a presença do herbicida na zona leste – onde o aquífero é menos profundo – acende a luz amarela para especialistas. Segundo Cristina Paschoalato, professora da Unaerp que coordenou a pesquisa, o resultado deve servir de alerta. “Não significa que a água está contaminada, mas é preciso evitar a aplicação de herbicidas e pesticidas em áreas de recarga do aquífero”, disse ela. O monitoramento também encontrou sinais dos mesmos produtos no Rio Pardo, considerado como alternativa para captação de água para a região no longo prazo. “Isso mostra que, se a situação não for resolvida e a prevenção feita de forma adequada, Ribeirão Preto pode sofrer perversamente, já que a opção de abastecimento também será inviável se houver a contaminação”.
Aquífero ameaçado
O Sistema Aquífero Guarani, que faz parte da Bacia Geológica Sedimentar do Paraná, cobre uma superfície de 1,2 milhão de quilômetros quadrados, sendo 839., 8 mil no Brasil, 225,5 mil quilômetros na Argentina, 71,7 mil no Paraguai e 58,5 mil no Uruguai. Com uma reserva de água estimada em 46 mil quilômetros quadrados, a população atual em sua área de ocorrência está em quase 30 milhões de habitantes, dos quais 600 mil em Ribeirão Preto. A água do SAG é de excelente qualidade em diversos locais, principalmente nas áreas de afloramento e próximo a elas, onde é remota a possibilidade de enriquecimento da água em sais e em outros compostos químicos. É justamente o caso de Ribeirão, conhecida nacionalmente pela qualidade de sua água. Para o engenheiro químico Paulo Finotti, presidente da Sociedade de Defesa Regional do Meio Ambiente (Soderma), Ribeirão corre o risco de inviabilizar o uso da água do aquífero in natura. “A zona leste registra plantações de cana em áreas coladas com lagos de água do aquífero. É um processo de muitos anos, mas esses defensivos fatalmente chegarão ao aquífero, o que poderá inviabilizar o consumo se nada for feito”, explica.Já para Marcos Massoli, especialista que integrou o grupo local de estudos sobre o aquífero, a construção de casas e condomínios na cidade, liberada através de um projeto de lei do ex-vereador Silvio Martins (PMDB) em 2005, é extremamente prejudicial à saúde do aquífero. “Prejudica muito a impermeabilidade, o que atinge em cheio o Aquífero”, diz.
Captação
Outro problema que pode colocar em risco o abastecimento de água de Ribeirão no médio prazo é a extração exagerada de água do manancial subterrâneo. Se o mesmo ritmo de extração for mantido, o uso da água do Aquífero Guarani pode se tornar inviável nos próximos 50 anos em Ribeirão Preto. A alternativa, além de reduzir a captação, pode ser investir em estruturas de captação das águas de córregos e rios que, além de não terem a mesma qualidade, precisam de investimentos significativamente maiores para serem tratadas e tornadas potáveis. A perspectiva já é considerada pelos estudiosos do chamado Projeto Guarani, que envolveu quatro países com território sobre o reservatório subterrâneo. O cálculo final foi entregue no fim do ano. O mapeamento mostrou que a velocidade do fluxo de água absorvida pela reserva é mais lenta do que se supunha. Pelas contas dos especialistas, a cidade extrai 4% mais do que poderia do manancial. A média de consumo diário de água em Ribeirão é de 400 litros por habitante, bem acima dos 250 litros da média nacional. Por hora, a cidade tira do aquífero 16 mil litros de água. Vale lembrar que a maior parcela de água doce do mundo, algo em torno de 70%, está localizada, em forma de gelo, nas calotas polares e em regiões montanhosas. Outros 29% estão em mananciais subterrâneos, enquanto rios e lagos não concentram sequer 1% do total. Entretanto, em se tratando da água potável, aproximadamente 98% se encontram no subsolo, sendo o Aquífero Guarani a maior delas. A alternativa para não desperdiçar esses recursos é investir em reflorestamento para garantir a recarga do aquífero, diz o secretário-geral do projeto, Luiz Amore.
Reportagem do DCI, socializada pelo MST.

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359 municípios sem aterro sanitário 

Há pouco o que comemorar nesse domingo (5/6), data consagrada mundialmente ao Meio Ambiente, quando o assunto é a eliminação dos lixões na Bahia

por
Albenísio Fonseca
Publicada em 04/06/2016 08:20:12
Há pouco o que comemorar nesse domingo (5/6), data consagrada mundialmente ao Meio Ambiente, quando o assunto é a eliminação dos lixões na Bahia. Conforme a legislação contida na Política Nacional de Resíduos Sólidos, criada em 2010, foi estipulado um prazo de quatro anos para adequação dos municípios brasileiros, cuja data foi encerrada em 2 de agosto de 2014 e sem que fosse adotada, até agora, qualquer prorrogação nesse prazo. Nesse sentido, o cenário dos lixões na Bahia sinaliza um quadro bastante dramático. De acordo com dados da Sedur-Secretaria Estadual de Desenvolvimento Urbano os “lixões, ou vazadouros a céu aberto, permanecem como meios adotados pela maioria dos municípios do estado”.   Nada menos que 359 dos 415 municípios baianos, o correspondente a 86,09%, continuam sem atender à legislação, enquanto outros 22, ou 5,28%, adotam, também de modo inadequado, o descarte dos resíduos sólidos em aterros convencionais. Vale salientar que alguns desses aterros acumulam resíduos sólidos provenientes de outras municipalidades dentro de ações regionalizadas. Em apenas 32 municípios (11,51%) baianos a disposição final de resíduos sólidos é realizada de modo correto em algum tipo de aterro sanitário. Tendo em vista a redução de investimentos para solucionar o problema, a Conder-Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia desenvolveu o ASC-Aterro Sanitário Simplificado, sob tecnologia de baixo custo, para facilitar a implantação, quando comparada às demais, em municípios de pequeno porte. De modo geral e de acordo com parecer do engenheiro sanitarista e ambiental, Mateus Almeida Cunha, “nesta tecnologia são realizadas obras menos complexas, a exemplo da utilização do próprio solo da área escolhida para disposição final, como atenuador do lixiviado ou chorume, efluente líquido do aterro, sem barreira sintética inferior para impermeabilização de base, diferentemente do aterro sanitário convencional. Sua implantação representa um custo na ordem de R$ 180 mil a R$ 260 mil por município, enquanto um aterro convencional demanda investimento da ordem de R$ 1.358.000.
Reintegração 
Até 2007, o Governo do Estado construiu 55 aterros sanitários em todo o estado, utilizando, inclusive, o regime de compartilhamento entre municípios vizinhos nos aterros implantados. No caso da Bahia, em que pese a situação crítica de alguns aterros, segundo o engenheiro sanitarista e ambiental da Sedur, é “imprescindível que passem por avaliação da capacidade de revitalização e de expansão, em alguns casos, considerando que possuem aproximadamente 15 anos de vida útil”. Ainda de acordo com avaliação da Sedur, “a possibilidade de reintegrar os aterros sanitários a um plano regional de gestão não deve ser ignorada, uma vez que houve área desapropriada, recursos investidos e obtidas licenças ambientais”. Sob outro aspecto, “devem ser incentivadas ações com foco na não geração de resíduos sólidos, minimização, reutilização e reciclagem  economicamente autossuficiente, de modo a buscar a melhor sustentabilidade ambiental do sistema empregado”. Além disto, de acordo com a avaliação, “deverá ser observado um equilíbrio entre ações escolhidas e obtenção do beneficio de escala (que dependerá do número mínimo de municípios agrupados), princípio que deve ser compreendido como essencial para o processo de regionalização”. O período para o envio de dados ao SNIS-Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento,  referentes a 2016, teve a prorrogação encerrada na última sexta-feira (3/6). O relatório nacional anual tem lançamento previsto para 15 de dezembro. Já o relatório Desafio do Lixo, publicado pelo Ministério Público em 2007, sobre a condição de operação dos aterros sanitários implantados na Bahia, sejam convencionais ou simplificados, é apontada como “inadequada”. Ou, seja, na maioria dos casos, permanecem funcionando como vazadouros a céu aberto. A Promotoria de Meio Ambiente do Ministério Público na Bahia não soube informar o número de ações movidas contra municípios que ainda não adotaram aterros sanitários.
https://www.tribunadabahia.com.br/2016/06/04/359-municipios-sem-aterro-sanitario

Mapeamento das florestas mundiais

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NASA cria mapa interativo que mostra florestas no mundo inteiro

A ferramenta está disponível on-line e é atualizada semanalmente, mostrando áreas desmatadas e ajudando a prever condições climáticas. O sistema permite a criação de um mapa mundial sem a presença de nuvens. a criação de um mapa interativo que mostra os detalhes de toda a vegetação do mundo. A ferramenta está disponível on-line e é atualizada semanalmente, mostrando áreas desmatadas e ajudando a prever condições climáticas.Conforme informado pelo NOAA, órgão norte-americano que estuda as condições atmosféricas e oceânicas, os dados são coletados a partir de satélites que mensuram a quantidade de luz absorvida pela terra e o que é refletivo para o espaço. Nas áreas florestadas, a vegetação absorve a luminosidade, diferente de espaços desérticos, em que os raios são rebatidos. Medições deste tipo são feitas pelo instituto há mais de 22 anos. No entanto, o modelo mais recente é também o mais preciso. As primeiras ferramentas forneciam mapas que produziam um pixel de imagem a cada quatro quilômetros reais. Em 1999, a NASA lançou um sensor capaz de melhorar a análise, passando para 500 metros por pixel. A área desenhada atualmente permanece a mesma, mas as tecnologias recentes têm qualidade elevada e mais consistente. O sistema permite a criação de um mapa mundial sem a presença de nuvens. Isto acontece porque eles são atualizados semanalmente e, com a dinâmica das nuvens, em sete dias é possível somar as medições individuais e conseguir períodos de céu limpo, para que sejam conectados em um mosaico final, totalmente livre de nuvens. Os cientistas acreditam que o estudo da vegetação no planeta seja útil para promover melhores práticas para o uso da terra. As análises pixel por pixel mudam a casa semana, permitindo um aviso prévio para surtos de seca, incêndios, umidade relativa do ar, desmatamento, entre outras coisas.
http://ciclovivo.com.br/noticia/nasa-cria-mapa-interativo-que-mostra-florestas-no-mundo-inteiro/

quarta-feira, 2 de março de 2016

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A maior usina de transformação de resíduos em energia do mundo
Foi anunciado o vencedor de uma competição internacional para projetar a maior usina de transformação de resíduos em energia do mundo, que ficará em Shenzhen, na China.
O projeto de Schmidt Hammer Lassen Architects e Gottlieb Paludan Architects – os vencedores – será capaz de incinerar 5.000 toneladas de resíduos por dia, equivalente a um terço dos resíduos produzidos por 20 milhões de habitantes de Shenzhen a cada ano. Pra isso, contará com as mais avançadas tecnologias de incineração de resíduos do mundo. O local servirá ainda como um centro de aprendizagem para os visitantes sobre a gestão de resíduos.
Localizada nos arredores montanhosos de Shenzhen, a usina chamada de Shenzhen East Waste-to-Energy Plant tem uma única estrutura circular, que compreende todos os edifícios e instalações industriais.
Shenzhen-East-Waste-to-Energy-Plant 2Crédito: Schmidt Hammer Lassen Architects

A forma simplificada e compacta do projeto ajuda a minimizar a pegada durante sua construção e a quantidade de escavação necessária. Para reduzir ainda mais o seu impacto ambiental, dois terços do telhado de 66.000 metros quadrados, serão cobertos com painéis solares, enquanto um terço restante será usado para telhados verdes, sistemas de coleta de água e reciclagem e clarabóias.
The Shenzhen East Waste-to-Energy Plant-1Crédito: Schmidt Hammer Lassen Architects

A fachada circular que envolve o edifício terá aberturas para permitir a ventilação natural, e os resíduos incinerados serão protegidos pelas fachadas à prova de ruído e odor.
Segundo os arquitetos, para facilitar a educação sobre a gestão de resíduos para o público, a experiência do visitante é integrada ao design. Haverá um parque ajardinado e um centro de visitas, para que eles possam ver o maquinário da usina. Uma passarela panorâmica será adicionada ao último piso, com vista sobre as montanhas, florestas e sobre a cidade.
Shenzhen-East-Waste-to-Energy-Plant-by-Schmidt-Hammer-Lassen-Architects-16Crédito: Schmidt Hammer Lassen Architects

Ao mesmo tempo em que os visitantes se informam sobre os desafios crescentes da quantidade de resíduos que são produzidos diariamente, eles também são instruídos sobre iniciativas para reduzir a sua própria quantidade de resíduos.
A usina está prevista para começar a operar em 2020.O vídeo abaixo mostra a renderização do projeto vencedor:

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10/02/16   Plant production

Regeneração natural não é eficiente em áreas de agricultura


Photo: Gabriel Faria
Gabriel Faria -
As primeiras avaliações de experimentos sobre recomposição de reserva legal nos biomas Cerrado e Amazônia conduzidos pela Embrapa Agrossilvipastoril e parceiros em Mato Grosso mostram que a regeneração natural não é eficiente para restauração de áreas com histórico de agricultura tecnificada. Manejo excessivo do solo e técnicas de cultivo contribuem para a redução do banco de sementes, impedindo o crescimento da vegetação.

As observações foram feitas em quatro ensaios localizados nos municípios de Canarana e Campo Novo do Parecis, no bioma Cerrado, em Sinop, região de transição entre Cerrado e a Amazônia, e Guarantã do Norte, na Amazônia. Em todos os locais, foram instalados experimentos que avaliam diferentes métodos de restauração da vegetação, como a semeadura direta, semeadura a lanço, plantio de mudas e regeneração natural.

De acordo com o pesquisador Ingo Isernhagen, em Sinop, onde a área utilizada tem um longo histórico de agricultura, a regeneração foi inexpressiva. Já nas demais áreas, com histórico de pecuária extensiva, a regeneração vem ocorrendo com a germinação e crescimento de espécies nativas oriundas do banco de sementes do solo.

"Resultados preliminares de três anos sobre Sinop, que é uma área que passou por tecnificação e era essencialmente agrícola, mostram que a regeneração natural não parece ser uma boa técnica. Embora praticamente não tenha custos para o produtor, ela também não tem qualquer resultado do ponto de vista ecológico. Nesses casos, vai ser necessário intervir", afirma o pesquisador.

Ingo explica que a ineficiência da regeneração nas áreas de agricultura se deve ao uso intenso do solo, revolvimento das camadas superficiais, retirada de raízes, uso de herbicidas, entre outras causas que minaram o banco de sementes presente no solo. Mesmo com a presença de fragmentos de vegetação nativa próximos, como é o caso da área experimental em Sinop, a regeneração tem sido inexpressiva.

A regeneração natural é uma técnica de restauração em que é feito apenas o isolamento da área de modo a deixar que o banco de sementes presente no solo germine, restaurando a vegetação nativa. Por causa do seu baixo custo e da reduzida necessidade de intervenção, a técnica é considerada uma boa alternativa pelos produtores que precisam se adequar à legislação vigente.




 
Avaliação ecológica e econômica

Outras técnicas para recomposição de reserva legal são o plantio de mudas e a semeadura direta. A fim de subsidiar o produtor na escolha da melhor alternativa, a pesquisa está avaliando não só os aspectos ecológicos, mas também os financeiros. Dados sobre custos de plantio, despesas com manutenção, condução e as possíveis receitas com o manejo da área estão sendo computadas para uma avaliação geral.

À medida que os anos passem, a expectativa é fornecer aos produtores rurais dados sobre eficiência de cada técnica, orientações agronômicas e florestais, custos totais e possibilidade de renda com o manejo.

Ingo explica que, na fase de implantação, o plantio de mudas é o mais caro. Porém, ele é o que apresenta maior potencial de manejo, uma vez que é possível controlar as espécies utilizadas, plantá-las ordenadamente de modo a facilitar a colheita de frutos e sementes ou o corte da madeira e mecanizar a condução. Dessa forma, a escolha da técnica deverá se pautar pelas intenções do produtor.

Nos experimentos conduzidos pela Embrapa em Mato Grosso, estão sendo utilizadas 41 espécies nativas e algumas exóticas, como eucalipto e mogno-africano, por exemplo. Além de espécies com funções ecológicas, há aqueles que visam a geração de renda na produção de frutos, resinas, essências, sementes e produção de madeira.

Por esse motivo, a pesquisa também avalia diferentes formas de condução das árvores. O objetivo é ver o quanto as podas e desramas contribuem para o melhor desempenho das plantas e se os custos operacionais justificam os ganhos comerciais.

"Tem-se falado cada vez mais na criação de modelos econômicos de restauração. Se a gente quer  modelos econômicos, temos de investir em manejo. Não adianta fazer o que usualmente é feito:  plantar e deixar os indivíduos crescerem. Se a gente quer  retorno econômico, tem que ter  manejos adaptativos. Tem que ir conduzindo o processo de forma a ter produtos madeireiros e não madeireiros de qualidade", explica Ingo Isernhagen, que ainda destaca a importância da escolha das espécies, definição do espaçamento entre as mudas, controle da mato-competição e de formigas.

"A restauração já é cara por natureza. Com esse tipo de manejo ela ficará ainda mais cara no começo. Mas a gente quer que, em até 20 anos, o produtor tenha um retorno. Além disso, em cinco anos já é possível retirar o eucalipto, coletar sementes e frutos", ressalta o pesquisador.

Reserva legal

De acordo com o Código Florestal Brasileiro, reserva legal é uma área da propriedade rural coberta por vegetação natural, onde se pode explorar o manejo florestal sustentável de acordo com a lei para o bioma em que está inserida.

O percentual da propriedade que deve ser reservado varia de acordo com o bioma, sendo de 80% em áreas de floresta na Amazônia Legal, 35% em Cerrado na Amazônia Legal e 20% nos demais biomas.
Gabriel Faria (MTb 15.624/MG)
Embrapa Agrossilvipastoril

Phone number: (66) 3211-4227
Further information on the topic
Citizen Attention Service (SAC)
www.embrapa.br/contact-us/sac/

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

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27/07/2015 15h32 - Atualizado em 27/07/2015 17h28
Mesmo com política de resíduos, 41,6% do lixo tem destino inadequado
Índice de 2014 ficou praticamente inalterado em relação a 2013.
De 2003 a 2014, lixo aumentou 29%; crescimento populacional foi de 6%.
Mariana LenharoDo G1, em São Paulo

Mesmo com o fim do prazo para a aplicação da Política Nacional de Resíduos Sólidos(PNRS) em 2014, a situação do destino do lixo no Brasil pouco mudou. Se, em 2013, 41,7% do lixo era depositado em locais considerados inadequados (lixões e aterros controlados), em 2014, essa parcela foi de 41,6% – redução de apenas 0,1 ponto percentual.
Nos últimos 11 anos, o aumento da geração de lixo no país foi muito maior do que o crescimento populacional. De 2003 a 2014, a geração de lixo cresceu 29%, enquanto a taxa de crescimento populacional foi de 6%.
Mesmo com a retração econômica, o ano de 2014 registrou um aumento da produção de lixo por pessoa em comparação ao ano anterior.
Cada brasileiro produziu em média 1,062 kg de resíduos sólidos por dia. Ao longo do ano, foram 387,63 kg de lixo per capita, aumento de 2% em relação a 2013.
Ao todo, foram produzidos 78,6 milhões de toneladas de resíduos sólidos no Brasil durante o ano de 2014.
Os dados são do Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil de 2014, da Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe).
Aumento da coleta seletiva
Segundo o diretor-presidente da Abrelpe, Carlos Silva Filho, as iniciativas de coleta seletiva têm aumentado: em 2014, 65% dos municípios brasileiros tinham alguma ação de coleta seletiva, seja pública ou privada. Em 2010, esse número era de 57,6%.
No entanto, isso não tem refletido em um aumento dos índices de reciclagem, que permanecem próximos da estagnação desde 2009, segundo Silva Filho.
Os índices de reciclagem disponível para alumínio e papel diminuíram entre 2009 e 2012 – último ano que teve os dados divulgados pela indústria – e aumentaram ligeiramente em relação ao plástico.
Pouca evolução quanto aos lixões
O panorama mostra ainda que houve pouca evolução quanto à eliminação de lixões, forma irregular de descarte de lixo. Em 2014, 1.559 municípios brasileiros ainda tinham lixões.
Os dados foram obtidos por meio de uma pesquisa direta com 400 municípios que, ao todo, possuem 91.764.305 habitantes.
Política Nacional de Resíduos Sólidos
A PNRS tem como prioridades a redução do volume de resíduos gerados, a ampliação da reciclagem, aliada a mecanismos de coleta seletiva com inclusão social de catadores e a extinção dos lixões.
Além disso, prevê a implantação de aterros sanitários que receberão apenas dejetos, aquilo que, em última instância, não pode ser aproveitado. Esses aterros, por sua vez, deverão ser forrados com manta impermeável para evitar a contaminação do solo.
O chorume, líquido liberado pela decomposição do lixo, deverá ser tratado. O gás metano que resulta da decomposição do lixo, que pode explodir, terá que ser queimado.
De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, os instrumentos da PNRS ajudarão o país a reciclar 20% dos resíduos já em 2015.
Dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), referentes a 2012 e que são os mais recentes, apontam que só 3,1% do lixo gerado no país naquele ano foi destinado à coleta seletiva e que 1,5% dos resíduos domiciliares e públicos foram recuperados.


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Apenas 3% de todo o lixo produzido no Brasil é reciclado
30% do lixo produzido no Brasil poderia ser reaproveitado.
Número de municípios que implantaram programas de reciclagem aumentou

No final do ano passado entrou em vigor o Plano Nacional de Resíduos Sólidos como uma forma de incentivar a reciclagem de todo tipo de lixo. O de casa, das ruas, da indústria e do comércio, mas oito em cada dez municípios brasileiros ainda não tem programa de coleta seletiva e os que têm, poderiam reciclar muito mais do que fazem hoje.
Desde domingo (5) supermercados de São Paulo só podem usar sacolinhas feitas de matéria-prima renovável, menos prejudicial ao meio ambiente.
Os brasileiros jogam fora 76 milhões de toneladas de lixo – 30% poderiam ser reaproveitados, mas só 3% vão para a reciclagem.
Em dez anos, o número de municípios que implantaram programas de reciclagem aumentou de 81 para mais de 900. Mas isso não representa nem 20% das cidades.
Curitiba é a capital com melhor programa de reciclagem. Das mais de 1,5 mil toneladas diárias, cento e dez têm potencial pra reciclagem e quase 70% são reaproveitadas.
Mas a reciclagem no Brasil ainda está engatinhando. Veja a situação nas três maiores capitais: 
Em São Paulo, 12,5 mil toneladas de lixo domiciliar são recolhidas todos os dias - 35% são materiais que poderiam ser reciclados, mas só 3% são reaproveitados.
A prefeitura do Rio de Janeiro informou que recolhe cerca de dez mil toneladas de lixo por dia, mas não informou quanto é reciclado. A capital mineira, Belo Horizonte, recolhe 1,8 mil toneladas. Podia reciclar o dobro do que reaproveita.
Quem trabalha em programas de reciclagem diz que falta uma integração maior entre o cidadão, as empresas e o poder público, e um programa que atenda a todos os tipos de lixo.
“Estou falando de outros resíduos que estão na sua casa e não vão ser reciclados: lâmpada fluorescente, medicamentos, parcela de resíduos que não estou falando que é reciclável, mas precisa ter destino adequado senão vai trazer impacto em questão ambiental e saúde”, diz   Roseane Souza, da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental.

“Um pouquinho você vai fazer, o outro vai fazer, todo mundo vai fazendo assim vai ficar uma coisa melhor. Na idade que eu já estou, eu tenho que mostrar para minha neta que ainda tem jeito”, fala a recicladora Célia Fonseca.
http://g1.globo.com/jornal-hoje/noticia/2015/04/apenas-3-de-todo-o-lixo-produzido-no-brasil-e-reciclado.html

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Ferros-velhos deverão provar origem e destino de resíduos em Santos, SP

Lei criada pela Câmara e sancionada pela prefeitura é realizada em Santos. 
Descumprimento da lei resulta na multa de R$ 1 mil
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Do G1 Santos 
Fiscalização pretendia coibir crimes como receptação e adulteração de veículos roubados (Foto: Lucas Leite/G1)Ferros-velhos deverão comprovar a origem de
resíduos em Santos (Foto: Lucas Leite/G1)
Os estabelecimentos que comercializam sucatas e resíduos recicláveis deverão comprovar a origem e destino desses materiais, de acordo com uma lei aprovada pela Câmara e sancionada pela prefeitura deSantos, no litoral de São Paulo.
Em caso de descumprimento da lei, o infrator será multado no valor de R$ 1 mil, e terá as suas atividades encerradas além, da cassação da licença. A fiscalização será feita pela Secretaria de Finanças (Sefin), Meio Ambiente (Seman) e Saúde.
Rastreando
Os resíduos serão rastreados por meio de uma nota fiscal ou recibo, inclusive no caso de doação identificando quem vendeu e quem comprou.  A lei prevê que uma vez cassado o alvará de funcionamento, a prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Sesviços Públicos, retirará todo o material do local, removendo para o local de correto o descarte e reaproveitamento, de modo que o estabelecimento, mesmo fechado, não ofereça riscos à população.
http://g1.globo.com/sp/santos-regiao/noticia/2015/10/ferros-velhos-deverao-provar-origem-e-destino-de-residuos-em-santos-sp.html

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UMA BELA INDICAÇÃO

A Chapada Diamantina, na Bahia, foi indicada pelo Portal Terra como uma das 20 grandes maravilhas da natureza em todo o mundo. A galeria, que compõe a página Vida e Estilo, elenca, além da Chapada, outras quatro localidades brasileiras: Fernando de Noronha (PE); Lençóis Maranhenses (MA); Cataratas do Iguaçu (entre Brasil e Argentina); e o Monte Roraima, localizado entre Brasil e Venezuela. Entre os mais bonitos ambientes naturais do mundo, o portal também cita o Monte Fuji (Japão), os Lagos de Plitvice (Croácia) e as Torres el Paine (Chile).
O Parque Nacional da Chapada Diamantina, localizado no coração da Bahia, foi destacado pelo Terra como “um excelente destino turístico para praticar trekking em meio a visuais impressionantes e para praticar esportes radicais como rafting e rapel”.
Além das belezas, que encantam visitantes vindos de todos os cantos do mundo, a exemplo da Cachoeira da Fumada, Poço Azul e Gruta da Pratinha, a Chapada Diamantina também reserva uma cultura peculiar e uma rica história, com destaque para o ciclo diamantífero que transformou a região nem um verdadeiro garimpo a céu aberto.
Voo deixa região a 55 minutos de Salvador
A região da Chapada Diamantina engloba 40 municípios turísticos, a uma distância de mais de 400 quilômetros, que podem ser percorridos de carro ou de ônibus. Para ter acesso facilitado, o turista pode partir de Salvador em um dos voos oferecidos pela Trip Linhas Aéreas, com saídas da capital baiana às quintas-feiras. O trecho de volta sempre é oferecido aos domingos. O tempo de voo entre os aeroportos de Salvador e de Lençóis é de aproximadamente 55 minutos.
Os amantes da natureza encontram na Chapada Diamantina opções de lazer durante todo o ano. Do verão ao inverno, os visitantes podem fazer desde programas leves – pequenas trilhas como a do Projeto Sempre Viva, no município de Mucugê, e visitas às vilas como a do Vale do Capão, no município de Palmeiras, e Igatu, em Andaraí – até atividades mais radicais, mais as trilhas da Cachoeira da Fumaça e do Vale do Pati, em que é preciso acampar e dormir em meio à natureza.
A temperatura na Chapada Diamantina é quase sempre alta durante o dia e aconselha-se que o visitante use roupas leves e claras. Já à noite, o friozinho faz com que todos se agasalhem. Durante o inverno, quando a temperatura cai bastante durante a noite, alguns hotéis e restaurantes servem fondue, acompanhado por bons vinhos, para quebrar o frio. A temperatura média durante a noite é de 15 a 18 graus.
Para quem gosta de música, boas pedidas são os festivais de Lençóis e de Jazz do Capão (Palmeiras). Durante os dias de festa, os visitantes costumam aproveitar para curtir as atrações ecoturísticas, mas a noite é de muito agito ao som de músicos brasileiros e estrangeiros. Já passaram pelos festivais nomes como Lenine, Sandra de Sá, Gilberto Gil, Naná Vasconcelos e a Orkestra Rumpilezz.
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