RESIDUOS ORGANICOS E HORTA CASEIRA

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

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Empresário ganha dinheiro com lixo eletrônico

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O analista de informática João Batista apostou em uma idéia inovadora e montou uma empresa de reciclagem de material eletrônico
Lixo eletrônico
João teve a ideia de abrir a empresa após assistir uma palestra sobre os problemas ambientais provocados pelo lixo eletrônico quando terminou o curso de tecnólogo em redes
A logística reversa consiste em extrair de bens já utilizados insumos para a produção de novos produtos. Essa é a técnica adotada pelo analista de informática João Batista de Barros, 53 anos, para reciclar material eletrônico. O empresário criou a empresa DIOXL em 2009 e contou com a ajuda do Sebrae no DF para colocar a ideia em prática. Em menos de três anos de existência, o negócio já começa a se expandir.
A empresa que, no início, reciclava apenas as partes de ferro e plástico, já começa a dedicar-se a placas de memória e processadores. “Vamos dar início à nova fase em janeiro. Já temos 12 toneladas de material estocado. O ideal é processar oito toneladas por mês”, explica João.
Por meio da logística reversa, a DIOXL extrai, além do plástico e do ferro, substâncias poluentes como manganês, zinco e cloreto de amônia de equipamentos obsoletos. Essas substâncias podem ser utilizadas na produção de outros produtos. “São materiais muitos pesados que, se não tiverem à destinação adequada, contaminam o meio ambiente, principalmente o lençol freático”, alerta o empreendedor.
João teve a ideia de abrir a empresa após assistir uma palestra sobre os problemas ambientais provocados pelo lixo eletrônico quando terminou o curso de tecnólogo em redes. “A minha monografia foi focada no tratamento de resíduos eletrônicos pelo processo de reverter a matéria prima de um equipamento usado em insumo para outra máquina”, reitera.
O trabalho passou pela banca do curso, mas João não se deu por satisfeito. Apresentou a ideia ao Sebrae no DF que avaliou a possibilidade de execução do projeto. Depois, recorreu de novo à instituição para elaborar o plano de negócios da empresa. “Foi o Sebrae também que ajudou a fazermos o registro da empresa e nos incentivou a alugar um espaço físico para a empresa que, antes, funcionava virtualmente e em salas compartilhadas”, lembra João. Hoje, a DIOXL realiza a reciclagem dos produtos em um galpão alugado em Ceilândia.
“No começo foi tudo muito difícil. Não tínhamos recursos financeiros e nem parâmetros para estruturar a empresa e dar início às atividades de reciclagem. Graças ao apoio do Sebrae conseguimos levar a ideia inovadora adiante”, conta. Atualmente, a empresa tem parcerias com cooperativas de material reciclado e conta com a ajuda de professores das universidades de Brasília e federal do Rio Grande do Sul para dar início à reciclagem de circuitos internos de eletrônicos.

Falta de compradores faz coleta de BOPP fraca em cooperativas e recicladoras

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Noticias / Reciclagem

Material ainda não é lucrativo para cooperativas e não há compradores para recicladoras

O plástico metalizado dos salgadinhos, o tal de BOPP, tem controvérsias quando o assunto é reciclagem. A prefeitura da cidade de São Paulo diz que o material não é considerado reciclável e que, por isso, as cooperativas ligadas à instituição não fazem o recolhimento. No entanto, estudos no exterior apontam que o material é 100% reciclável
Para jogar uma luz na questão, a eCycle entrou em contato com algumas cooperativas e recicladoras paulistanas cadastradas na sessão Postos de Reciclagem. No entanto, a resposta foi a mesma em todos locais.
De acordo com cooperados da Cooperação, localizada na Vila Leopoldina, pacotes de biscoito e salgadinho chegaram a ser reunidos pela cooperativa há pouco tempo, mas o reciclador que fez a encomenda não procurou o material para comprá-lo, como combinado. Atualmente, o material é coletado de forma não sistematizada, caso exista algum comprador eventual.
Na cooperativa Brasil Coleta, localizada no bairro do Sacomã, a resposta é parecida. Esse tipo de plástico não é valorizado pelos compradores, portanto, os cooperados não perdem tempo coletando-o. Quando algum carregamento contando BOPP é despejado para a triagem ser realizada no local, o que ocorre é simplesmente a destinação no lixo comum.
Recicladoras
A conversa, infelizmente, é parecida na recicladora Beca, localizada no bairro do Belenzinho. A recicladora não trabalha com esse tipo de material porque há poucas empresas que o utilizam a fim de constituírem novo produto.
Em São Paulo, existem apenas duas empresas recicladoras de PP que também reciclam BOPP. Tais empresas reciclam apenas BOPP de origem industrial, e informaram que não trabalham com BOPP pós-consumo devido aos problemas de lavagem e separação do material.
De acordo com Centro de Tecnologia de Embalagem e Instituto de Tecnologia de Embalagens para Alimentos (CETEA-Ital), as embalagens de BOPP só não são mais recicladas por falta de informação e coleta seletiva do material. Aldo Mortara, gerente corporativo de tecnologia da Vitopel, menciona que “um grande volume de embalagens pós-consumo direcionado para coleta e reciclagem é descartado por excesso de contaminação e misturado com outros materiais. Em suma, o processo requer iniciativas concretas dos produtores, educação e atitude do usuário, e um sistema de coleta disponível”, segundo entrevista ao site Arca Universal.
Reportagem e texto: Alberto Cerri
Pesquisa: Silvia Oliani