Limite de aquecimento está em risco sem ação climática até 2017

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

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Nina Chestney   Em Londres
O mundo pode não ser capaz de limitar o aumento da temperatura global a níveis seguros se uma nova ação climática internacional não for tomada até 2017, já que muitas usinas de energia de combustível fóssil e fábricas estão sendo construídas, alertou a Agência Internacional de Energia nesta quarta-feira.
Se o mundo limitar o aquecimento global a 2 graus Celsius -- que segundo cientistas é o nível mínimo de segurança antes que efeitos devastadores das mudanças climáticas ocorram -- os volumes de emissão de gases não devem ter mais de 450 partes por milhão (ppm) de dióxido de carbono.
Com as emissões já chegando a 390 ppm de CO2, está se esgotando o tempo para tomar uma atitude.
A infraestrutura energética existente já está liberando 80% das emissões permitidas sob esse cenário, advertiu a AIE em seu Relatório Mundial de Energia.
Quatro quintos do total das emissões de carbono relacionadas à energia permitida até 2035 para limitar o aquecimento já vêm das usinas, prédios e fábricas existentes, apontou a agência.
"A cada ano que passa sem sinais claros de investimentos em energia limpa, o 'travamento' da infraestrutura de alta emissão de carbono está tornando mais difícil e caro o cumprimento de nossas metas de segurança energética e climáticas," disse Fatih Birol, economista-chefe da AIE .
O alerta vem apenas algumas semanas antes de uma reunião de negociadores internacionais na África do Sul para tentar trabalhar em um novo pacto global para combater o aquecimento global.
São baixas as expectativas de um acordo juridicamente vinculante este ano. A União Europeia está pressionando por um acordo até 2015, mas alguns outros países foram acusados de atrasar um pacto até 2018 ou 2020.
"Se novas medidas rigorosas não forem apresentadas até 2017, a infraestrutura relacionada com energia na ocasião vai gerar todas as emissões de CO2 permitidas... até 2035, não deixando espaço para usinas adicionais de energia, fábricas e outras infraestruturas, a menos que sejam de emissão zero de carbono, o que seria extremamente caro."
"Atrasar uma ação é uma falsa economia: para cada 1 dólar de investimento economizado no setor de energia antes de 2020, um adicional de 4,3 dólares precisaria ser gasto depois de 2020 para compensar o aumento das emissões", acrescentou o relatório.
Melhorias na eficiência energética precisariam responder por metade das reduções adicionais de emissão necessárias, disse a AIE.
Em maio, a AIE informou que as emissões globais de CO2 atingiram seu nível mais alto em 2010, impulsionadas principalmente pelas economias dependentes de carvão.
Se novas políticas climáticas forem implementadas cautelosamente, as emissões de CO2 acumuladas nos próximos 25 anos equivaleriam a três quartos do total dos últimos 100 anos, disse a AIE.
Isso levaria a um aumento de temperatura médio de longo prazo de 3,5 graus Celsius. Se novas políticas não forem implementadas, o mundo estará em um "caminho perigoso" para um aumento de 6 graus.
O objetivo da ONU de dar a todos do mundo acesso à energia moderna até 2030 exigiria 48 bilhões de dólares de investimento -- ou 3 por cento do investimento total de energia até 2030 -- em comparação a 9 bilhões de dólares em 2009, disse a AIE.

Empresa que comprar lixo reciclável de cooperativas de catadores terá desconto no IPI

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Da Agência Brasil   Em Brasília         30/11/2011 - 10h03
As empresas que comprarem resíduos sólidos recicláveis de cooperativas de catadores de lixo terão desconto no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). O Decreto nº 7.619 determina as condições necessárias para que as empresas tenham acesso à redução do IPI, de acordo com o material utilizado. Já as cooperativas devem ter, no mínimo, 20 cooperados.
Os descontos no imposto variam de acordo com o tipo e a quantidade de resíduos sólidos usados no produto final. Plásticos e vidros vão proporcionar redução de 50%. O desconto para papéis e resíduos de ferro ou aço é 30%, enquanto resíduos de cobre, alumínio, níquel e zinco permitem o abatimento de 10% do valor do IPI.
A emissão da nota fiscal para a comprovar a compra do material reciclável é obrigatória. O valor descontado dos produtos deve ser registrado na nota emitida pela empresa que adquiriu os resíduos para reciclagem. Mas os descontos só serão concedidos caso o produto final não esteja isento, suspenso ou imune de IPI.
A representante jurídica da Associação Brasileira de Resíduos Sólidos e Limpeza Pública (ABLP), advogada Simone Nogueira, considera o incentivo fiscal um facilitador para as compras feitas nas cooperativas. “As transações diretas serão mais fáceis e as cooperativas se organizarão melhor para atender à demanda”, explicou. Para a advogada, o incentivo vai reduzir os custos do produto final e melhorar as condições de trabalho dos catadores organizados em cooperativas.                http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/ultimas-noticias/2011/11/30/empresa-que-comprar-lixo-reciclavel-de-cooperativas-de-catadores-tera-desconto-no-ipi.jhtm

Perda de florestas acelerou no mundo, diz ONU

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Área desmatada no Xingu em 2005; conversão de floresta para agricultura é maior na América do Sul Área desmatada no Xingu em 2005; conversão de floresta para agricultura é maior na América do Sul
Novos dados de satélite publicados pela ONU indicam que a perda de áreas florestais acelerou no mundo, passando de uma perda líquida de 4,1 milhões de hectares anuais na década de 1990 para 6,4 milhões de hectares anuais entre 2000 e 2005.
O braço da organização para alimentação e agricultura, FAO, utilizou dados de satélite para avaliar o desmatamento entre 1990 e 2005.
Segundo as novas estimativas, a taxa bruta de desmatamento, ou seja, a conversão de áreas florestais principalmente para uso agrícola, foi em média de 14,5 milhões de hectares nos 15 anos analisados.
A América do Sul liderou a conversão de florestas em áreas agrícolas, seguida pela África.
Entretanto, a ampliação da superfície florestal, seja por expansão natural da floresta ou por programas de reflorestamento, foi maior do que se pensava.
No total, a perda líquida em 15 anos foi de 72,9 milhões de hectares - 32% menos do que a estimativa com a qual a FAO trabalhava, de 107 milhões de hectares.
Os dados colhidos por satélite indicam que em 2005 o mundo possuía 3,69 bilhões de hectares em florestas - cerca de 31% da superfície terrestre do planeta.

Dados precisos
A diferença nos dados colhidos para o relatório deste ano em relação às estimativas passadas se deve à mudança na metodologia de captação: no ano passado, foram compilados dados fornecidos pelos países a partir de uma variedade de fontes.
As variações de um ano para outro ocorreram principalmente nas informações sobre a África, onde muitos governos ainda utilizam dados antigos e desatualizados sobre o desmatamento.
Segundo o porta-voz para assuntos florestais da FAO, Adam Gerrand, a perda de florestas no continente africano foi menor do que se pensava.
A única região do planeta a registrar um aumento líquido de áreas de floresta foi a Ásia, graças a programas de reflorestamento na China e nos países vizinhos.
Para o diretor-geral-assistente para Florestas da organização, Eduardo Rioja-Briales, os dados colhidos com ajuda de satélite oferecem aos países "informação mais acurada em todos os níveis" e evidenciam "a necessidade de parar urgentemente a perda de ecossistemas valiosos".
http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/ultimas-noticias/bbc/2011/11/30/perda-de-florestas-acelerou-no-mundo-diz-onu.jhtm

SOL- Características da estrela

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Da Página 3 Pedagogia & Comunicação
Nasa/Divulgação
A fotosfera do Sol

Estrela de quinta grandeza, o Sol possui temperaturas altíssimas. Seu núcleo chega a ter mais de 10.000.000 ºC (10 milhões de graus centígrados). Sua fotosfera (parte que é visível da Terra) chega a alcançar 6.000ºC. Em volta dele, giram os oito planetas do sistema solar
Formado há mais de 4,6 bilhões de anos, o Sol é composto por nuvens de poeira, gás e restos de estrelas (pedaços de rochas). Possui manchas, chamadas de fáculas, que variam de acordo com a temperatura. Mas o Sol é apenas uma das mais de 200 bilhões de estrelas da Via Láctea, que tem uma extensão aproximada de 100 mil anos-luz. (Um ano-luz é igual a 9,4605 bilhões de quilômetros).

Movimentos do sol

O Sol é 109 vezes maior que a Terra e realiza dois movimentos: a translação, que é feita em volta da Via Láctea, leva 200 milhões de anos. E a rotação em volta de seu próprio eixo dura cerca de 28 dias. A luz do Sol demora oito minutos e dezoito segundos para chegar até a Terra.
Quando a Lua se alinha entre o Sol e a Terra e projeta sua sombra no planeta ocorre o eclipse solar. Se a Lua desaparece do céu, o eclipse é lunar, porque ela entra totalmente na sombra da Terra. Na maior parte do tempo, o satélite passa abaixo ou acima da sombra da Terra, devido à inclinação de sua órbita em relação à órbita da Terra em volta do Sol.
O período de maior distância entre o Sol e a Terra, chamado de afélio terrestre, corresponde a primeiro de julho, o inverno no Brasil, quando a Terra está a 152 milhões de km daquela estrela. O Sol está mais próximo da Terra no chamado periélio, em 31 de dezembro, verão no Brasil, quando distância média é de 150 milhões de km entre o astro e o planeta.

Sol da meia-noite

Outro fenômeno que merece ser destacado é o Sol da meia-noite, que ocorre nos pólos da Terra, quando o Sol não se põe durante 24 horas. A órbita terrestre em volta do Sol faz com que os raios solares incidam quase que perpendicularmente sobre os pólos. Essa posição se altera de seis em seis meses. Assim, cada um dos pólos tem seis meses de dia e seis meses de noite constantes.
O equinócio ocorre com a passagem do Sol sobre a linha do equador no dia 21 de março e 23 de setembro (outono e primavera). Quando esse fenômeno acontece os dias e as noites duram doze horas.
O Sol também é responsável pelas estações do ano, produzidas de acordo com sua iluminação, durante a translação da Terra (a volta que o planeta dá em torno do Sol). Como a Terra tem uma inclinação em relação ao Sol, na metade do caminho, o hemisfério Norte está mais próximo e, na metade seguinte, é o Sul. Por isso, o verão e inverno se alternam nos dois hemisférios.
Todos os planetas se movimentam em torno do Sol. O sistema solar está dentro da Via Láctea, uma das galáxias no espaço - que estão em constante afastamento, como constatou o astrônomo inglês Edwin Hubble.