USINAS HIDRELÉTRICAS "A FIO DÁGUA"

quinta-feira, 24 de maio de 2012

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Usinas hidrelétricas “a fio d’água” são aquelas que não dispõem de reservatório de água, ou o têm em dimensões menores do que poderiam ter. Optar pela construção de uma usina “a fio d’água” significa optar por não manter um estoque de água que poderia ser acumulado em uma barragem. Esta foi uma opção adotada para a construção da Usina de Belo Monte e parece ser uma tendência a ser adotada em projetos futuros, em especial aqueles localizados na Amazônia, onde se concentra grande potencial hidrelétrico nacional. Aliás, as usinas Santo Antonio e Jirau, já em construção no rio Madeira, são exemplos dessa tendência.
Quais as consequências e custos inerentes a essa opção? Quais serão os problemas futuros que a decisão de abrir mão de reservatórios com efetiva capacidade de regularização de vazões poderá criar?
Primeiramente, deve-se considerar que a energia “gerada” por uma hidrelétrica resulta da transformação da “força” do movimento da água. Transforma-se, assim, em energia elétrica, a energia cinética decorrente da ação combinada da vazão de um rio e dos desníveis de relevo que ele atravessa. Desse modo, não restam dúvidas de que, para o processo, guardar água significa guardar energia.
Os sistemas de captação e adução levam a água até a casa de força, estrutura na qual são instaladas as turbinas. As turbinas são equipamentos cujo movimento giratório provocado pelo fluxo d’água faz girar o rotor do gerador, fazendo com que o deslocamento do campo magnético produza energia elétrica. O vertedouro, por sua vez, permite a saída do excesso de água do reservatório, quando o nível ultrapassa determinados limites. Outros aspectos e outros equipamentos são, também, importantes, mas, em qualquer caso, estaremos diante de uma busca por queda e vazão – a primeira, fixa, e a segunda, variável.
Nesse processo de transformação, a geração de energia elétrica é limitada pelo produto entre vazão e altura de queda, pois a energia obtida é diretamente proporcional ao resultado dessa conta. A barragem interrompe o curso d’água e forma o reservatório, regulando a vazão. Em uma usina com reservatório, essa variável pode ser controlada pelos administradores da planta. Em uma usina a fio d’água, fica-se refém dos humores da natureza, ainda que com menor dependência que as eólicas. Hidrelétricas com reservatórios próprios são capazes de viabilizar a regularização das vazões. Devido à sua capacidade de armazenamento (em períodos úmidos) e deplecionamento (em períodos secos), elas atenuam a variabilidade das afluências naturais.
Deve-se considerar, também, que esse mesmo efeito pode ser obtido com a construção de usinas “rio acima” – ou “a montante”, conforme o jargão técnico. Hidrelétricas instaladas em um mesmo curso hídrico podem atuar de forma integrada. Usinas localizadas “rio acima” – a montante, no jargão técnico – podem usar seus reservatórios para regular o fluxo de água utilizado pelas usinas localizadas “rio abaixo” – a jusante.
A usina binacional Itaipu, por exemplo, por ser a última rio abaixo – a jusante, no jargão técnico – da Bacia do Rio Paraná, é considerada como a fio d’água. Ocorre que se a gigantesca hidrelétrica pode utilizar toda a água que chega ao reservatório, mantendo apenas uma reserva mínima para garantir a operacionalidade, tal diferencial se deve, direta ou indiretamente, à existência de dezenas de barragens a montante.
O conjunto formado pelos potenciais hidráulicos da margem direita do rio Amazonas é considerado como uma rara e poderosa combinação de queda e vazão nos estudos de inventário hidrológicos de bacias brasileiras. A Volta Grande do Xingu, por exemplo, onde está sendo construída a hidrelétrica Belo Monte, apresenta uma queda de cerca de 90 metros entre dois pontos muito próximos de um rio cuja enorme vazão resulta de um percurso de milhares de quilômetros, iniciado no Planalto Central.
Em geral, usinas a fio d’água têm baixos “fatores de capacidade”. O fator de capacidade é uma grandeza adimensional obtida pela divisão da energia efetivamente gerada ao longo do ano – em geral, medida em MWh/ano – pela energia máxima que poderia ser gerada no sistema.[1] Trata-se, portanto, de uma medida da limitação da usina no que diz respeito à sua capacidade de gerar energia.
Na Europa, esse fator situa-se entre 20% e 35%, em média, sendo um pouco maior na China e chegando a valores próximos a 45% nos EUA[2]. Em média, as hidrelétricas brasileiras têm fator de capacidade estimado em valores situados entre 50% e 55%. A regularização de vazões por meio do uso de reservatórios faz com que essa média suba significativamente, embora essa não seja, em muitos casos, a única responsável por isso. No rio São Francisco, por exemplo, esse número para Sobradinho é 51%, e para Xingó, mais a jusante, é 68%. No rio Madeira, a usina Jirau tem fator de capacidade próximo de 58%, e o número para a usina Santo Antônio é de 68%. Não por acaso, a vantagem relativa de Santo Antonio guarda forte correspondência com o fato de ser um projeto situado a jusante de Jirau. Pelas razões já apontadas, é possível compreender o magnífico número de 83% para Itaipu.
No caso de Belo Monte a potência total instalada é de 11.233,1 MW e a geração anual média é de 4.571 MW, o que resulta em um fator de capacidade pouco maior do que 40%. Esse tem sido um dos pontos mais criticados pelos opositores ao empreendimento, que afirmam que a usina irá “gerar pouca energia”. Mas os argumentos utilizados, em geral, não levam em consideração dois pontos essenciais: os valores médios do fator de capacidade das hidrelétricas brasileiras e a principal razão pela qual o projeto de Belo Monte teve esse valor diminuído.
Ainda que se considerasse Belo Monte como um projeto com fator de capacidade muito distante das médias das usinas brasileiras, deve-se levar em conta que o mesmo não ocorreria ao se compará-lo com aqueles situados na Amazônia e com as de outros países. Em Tucuruí, por exemplo, no rio Tocantins – diga-se de passagem, dispondo da regularização de usinas a montante –, esse valor é de aproximadamente 49%.
O reservatório projetado para Belo Monte foi diminuído, bem como inviabilizada a capacidade de regularização das vazões afluentes às suas barragens, em razão de argumentos de natureza ambiental. Além disso, houve a decisão de se elaborar um hidrograma denominado “de consenso”, com o objetivo de garantir que, a jusante do barramento, fossem asseguradas boas condições de pesca e de navegação às comunidades indígenas, entre outros aspectos.
Evidentemente, regularizar ou não a vazão de um curso d’água é uma decisão que, necessariamente, deve incorporar a dimensão ambiental – numa escolha entre alternativas que devem ficar absolutamente claras para a sociedade. Entretanto, essa decisão vem sendo tomada sem o necessário amadurecimento, sem uma discussão ampliada, baseada em estudos objetivos dos benefícios e custos associados a tal escolha, com um exagerado receio de desagradar a grupos de pressão específicos e visando a uma boa imagem do governo na mídia.
Aliás, justamente nos diversos meios de comunicação é possível encontrar os maiores disparates sobre o assunto. Nas informações divulgadas nesses meios há boas doses de lirismo, relacionado com a eventual substituição dos projetos de hidrelétricas, nomeadamente aqueles que preveem grandes reservatórios, em benefício de outras formas de transformação de energia – como as eólicas, por exemplo.
Informações de baixa qualidade técnica, inclusive relacionadas à possibilidade de substituição de energia hidrelétrica por eólica, encontram eco entre os mais diversos operadores do direito e resulta em uma posição defensiva dos técnicos governamentais, tanto da área de energia quanto da área ambiental. Alguns dos argumentos mais utilizados nessa judicialização calcada na subjetividade são fundamentados no chamado “Princípio da Precaução”, que pode ser definido como de natureza filosófica, política, doutrinária, religiosa ou ideológica – mas, jamais como de natureza científica.
O Princípio da Precaução é, essencialmente, um preceito que, se aplicado ao pé da letra, inviabilizaria o desenvolvimento, justificando a inação diante da ameaça de danos sérios ao ambiente, mesmo sem que existam provas científicas que estabeleçam um nexo causal entre uma atividade e os seus efeitos. Impõem-se, nesses casos, todas as medidas necessárias para impedir tal ocorrência.
Pode-se dizer que há em tal raciocínio uma quase paródia do pensamento de Leibniz, pois em vez de se supor que nada acontece sem que haja uma causa ou razão determinante, a mera suposição causal (de um dano ambiental, nesse caso) determina que nada deva acontecer.
Como acreditar que seja possível definir ameaça de danos sérios ao ambiente sem uma abordagem científica? Como definir ameaça, danos e sérios sem recorrer à ciência? Lamentavelmente, muitos atores políticos e operadores do direito crêem ser capazes de fazê-lo. No mundo real, a adoção rigorosa do princípio da precaução implicaria fechar todos os laboratórios científicos mundo afora. No Brasil, atualmente, sua aplicação faz com que um empreendedor tenha que provar que as intervenções previstas não trarão impactos, mitigáveis ou não, ao meio considerado, o que é virtualmente impossível.
A militância radical, sustentada no Princípio da Precaução, está se utilizando de um raciocínio de mão única. A usina a fio d’água desperdiça a chance de se guardar energia da forma mais barata e da única forma que permite múltiplas utilizações da água armazenada como a criação de peixes, o turismo e a contenção de cheias, por exemplo.
Em um pensamento predominantemente ideológico não há espaço para que sejam debatidas questões fundamentais acerca da opção única por usinas “a fio d’água” ou com reservatórios subdimensionados. Em primeiro lugar, deve-se considerar que o desperdício de capacidade produtiva de energia a montante da usina a fio d´água é praticamente irreversível. Em segundo lugar, a decisão por um caminho praticamente sem volta foi tomada sem o devido e necessário debate técnico e político acerca de um tema que afetará as próximas gerações. Não seria este o caso de se utilizar o princípio da precaução, evitando-se tomar uma decisão irreversível e de provável impacto ambiental negativo, visto que será necessário, no futuro, recorrer a fontes mais poluentes de energia para substituir a capacidade hidrelétrica desperdiçada?
No Brasil, a capacidade de armazenamento de energia em reservatórios é intensamente beneficiada pela diversidade de ciclos pluviométricos das bacias brasileiras, um diferencial notável em relação a outros países. A otimização desses reservatórios passa pelas linhas de transmissão, que, na prática, funcionam como vasos comunicantes, transportando, em vez de água, energia de uma bacia hidrográfica que esteja em um momento de abundância de água, para outra, onde haja necessidade de se economizar água escassa. Desse modo, Belo Monte não pode ser entendida como uma usina isolada e, sim, como virtuosa e hidricamente intercomunicada – por ser interligada eletricamente – com o resto do País. Uma vez que o rio Xingu tem suas cheias quase dois meses depois das cheias dos rios das regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste, a possibilidade de armazenamento em Belo Monte diminuirá fortemente os riscos de carência de energia – no jargão técnico, o risco de déficit.
Os estudos de um projeto hidrelétrico incluem a análise do comportamento das estruturas, simulando a passagem de uma vazão superior a cheia decamilenar, ou seja, uma cheia de tempo de retorno de 10.000 anos. É tranquilizador saber que a margem de segurança de uma barragem é tão significativa. Todavia, esse cálculo não guarda qualquer relação com a segurança de vazões suficientes para fazer frente à influência da economia sobre a demanda por energia. Nesse caso, utilizam-se os cenários econômicos para estimar a demanda.
Como a matriz de geração elétrica no Brasil há forte predominância hidrotérmica, os cenários começam a sinalizar a crescente necessidade de uso de energia de fonte térmica, mais cara e mais poluidora que a hidrelétrica.
E o pior: “ovos de Colombo”, como a repotenciação e a modernização de hidrelétricas, ainda que totalmente defensáveis, não são processos capazes de garantir o acréscimo anual de 3.300 MW médios de energia que o Ministério de Minas e Energia considera necessário para fazer face às projeções de crescimento econômico para o Brasil. Difundir informações de que a implantação desses processos evitaria, por exemplo, a construção das usinas do rio Madeira não tem qualquer cabimento. O mesmo se pode dizer quanto à possibilidade de eólicas serem capazes de evitar a construção de novas hidrelétricas.
Concordemos, então: a energia eólica é uma beleza, o Brasil deve investir cada vez mais nessa opção, há quem ache lindos os cata-ventos e os zingamochos – embora haja dúvidas quanto à reação da população de cidades que tenham que conviver próximas aos geradores, enfrentando a poluição visual e a descaracterização urbanística. Entretanto, essa não é uma opção para a base da matriz elétrica de qualquer país. Eólicas não são feitas para a geração de base, pois exigem complementação por meio de outras fontes, como hidrelétricas e termelétricas. Com fator de capacidade menor do que a média das hidrelétricas brasileiras, as usinas eólicas dependem fortemente dos ventos, pois essa opção tecnológica não permite armazenar a energia produzida.
O crescimento do mercado consumidor de energia combinado com a implantação de usinas sem reservatórios diminui a confiabilidade do sistema, veda o aproveitamento múltiplo dos lagos das hidrelétricas e obriga o Operador Nacional do Sistema (ONS) a fazer um gerenciamento ano a ano dos estoques de água nas usinas. Como se sabe, sistemas elétricos imunes a defeitos ou a desligamentos imprevistos são modelos teóricos. Os 100% de confiabilidade no sistema elétrico ou “risco zero” de falhas implicaria elevar os custos, que tenderiam ao infinito. E o consumidor teria que pagar por isso, o que implicaria tarifas proibitivas. Assim, no mundo todo, algum risco de falha no sistema é aceito. Mas a redução no nível de confiabilidade do sistema interligado não é desprezível quando se reduz a capacidade de armazenamento de um sistema predominantemente hidrotérmico como o brasileiro.
Quem deveria decidir se a opção pela construção de usinas a fio d’água é a melhor alternativa? Trata-se de um risco para o sistema, um erro inclusive do ponto de vista socioambiental e uma opção praticamente irreversível. Logo, constitui matéria a ser objeto de discussão por ampla representação da sociedade, e não apenas por ativistas ambientais, sociais, ideológicos ou do direito.
Parece que alguém se esqueceu do art. 20, inciso VIII, da Constituição Federal, segundo o qual os potenciais hídricos são bens da União e não de meia dúzia de agentes públicos assustados com as ONGs, com a mídia e com os “achistas” de plantão. Se essa é uma discussão a ser feita pela sociedade e como seria inviável – embora defensável e desejável – a realização de um plebiscito acerca do tema, a democracia representativa tem a única resposta legítima para esse desafio: o Congresso Nacional

SACOLAS PLÁSTICAS - RESUMO

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- 80% do bilhão de sacolas de compras produzidas e distribuídas por mês, no Brasil, viram sacolas para lixo doméstico.

- A matéria-prima usada para a fabricação da sacola plástica hoje é o polietileno, feito a partir do petróleo substância não renovável, feita de uma resina chamada polietileno de baixa densidade (PEBD) e sua degradação no ambiente pode levar séculos,

– Essas sacolas demoram cerca de 200 anos para se decomporem na natureza. Esse é o prazo médio estimado por especialistas, já que ainda não é possível afirmar com certeza o tempo exato de degradação desse tipo de material
- A decomposição do plástico libera gás carbônico e água. O excesso de gás carbônico é um dos fatores que provocam o efeito estufa
-Os saquinhos também são uma das causas do entupimento da passagem de água em bueiros e córregos, contribuindo para as inundações e retenção de mais lixo. Quando incinerado libera toxinas perigosas para a saúde.

O QUE ESTÁ SENDO FEITO NO BRASIL E NO MUNDO EM RELAÇÃO A ESTA QUESTÃO?

·Na Alemanha se os consumidores não levarem suas próprias sacolas ao supermercado paga-se um preço salgado por cada saquinho que se utiliza;

· A Irlanda segue o mesmo caminho colocando um imposto de 15% sobre os sacos plásticos;

· Na Inglaterra redes de supermercados já oferecem saquinhos totalmente biodegradáveis;

· Em San Francisco, nos EUA, os sacos plásticos serão banidos e substituídos por sacolas de papel reciclado e materiais feitos com goma de milho ou batata.

· Já em Bangladesh, elas foram banidas de vez, já é proibido fabricar, comprar e portar sacos plásticos. Quem desrespeita a lei, pode pagar multa de até R$ 21 e, se for reincidente, ir para a prisão. O que motivou a histeria foram o entupimento de redes de esgotos e as cheias provocadas pelas sacolas.

· Nos estados de São Paulo e Paraná, os governos e entidades já estão se movimentando para reduzir o número de sacolas plásticas, incentivando com campanhas de esclarecimento a população, visando utilizar suas próprias sacolas para fazer as compras.

· Em torno de 150 empresas brasileiras utilizam o plástico biodegradável, um número ainda pequeno se comparado à utilização do plástico comum.

· Desde 2003, mais de 2.400 toneladas de embalagens plásticas totalmente degradáveis já foram produzidas e consumidas no Brasil

· Pesquisas estão sendo feitas no Brasil para a produção de plásticos a partir da cana de açúcar e milho.

O QUE SE PODE FAZER?

Existem várias maneiras de amenizar o impacto dessas sacolinhas plásticas. A conscientização em torno do problema é o primeiro passo. Outra grande idéia é aos poucos substituir as sacolas plásticas descartáveis, ou por sacolas realmente biodegradáveis ou por sacolas não descartáveis. Seguem algumas dicas de como começar a diminuir o uso das sacolas descartáveis:

Comece a levar uma sacola própria para fazer as compras, seja no supermercado, na venda, quitanda ou feira. Não importa que nela não caibam todas as suas compras, pelo menos uma parte delas vai para a sua casa sem utilizar os saquinhos;

As famosas "sacolas de feira" são uma grande dica, seja ela de plástico resistente, seja de pano;

Se a quantidade de compras seja muito grande, peça no supermercado caixas de papelão para transportar as compras. Algumas redes de supermercados já oferecem esta opção;

Caso seu supermercado utilize sacolas biodegradáveis, de preferência para estas;
De preferência pelos sacos de papel;

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ALGUNS DOS MOTIVOS PARA SE REDUZIR O USO DAS SACOLAS PLÁSTICAS:
- Sua invenção data de 1862 e foi uma revolução para o comércio por sua praticidade e por ser barata. Apesar de antiga a invenção veio explodir no Brasil a partir da década de 80, contribuindo para a filosofia do “descartável”.
- O mundo consome 1 milhão de sacos plásticos por minuto, o que significa quase 1,5 bilhões por dia e mais de 500 bilhões por ano, é o resíduo que mais polui as cidades. Prejudica a vida animal, entopem a drenagem urbana, rios, contribuindo para inundações.
- 80% de todos os plásticos são usados apenas uma vez e depois descartados.
- No Brasil, a cada mês, 1 bilhão de sacos plásticos são distribuídos pelos supermercados, isso significa 33 milhões por dia e 12 bilhões por ano, ou 66 sacos plásticos para cada brasileiro por mês.
- A poluição dos mares por este tipo de lixo cada ano leva milhares de animais como tartaruga, baleias, focas e pássaros morrem sufocados ao ingerir embalagens plásticas ao confundi-las com alimentos. Saquinhos plásticos no mar são confundidos por peixes e, principalmente, pelas tartarugas marinhas como águas vivas, um de seus alimentos. Assim ao ingerir os saquinhos as tartarugas morrem por obstrução do aparelho digestivo.
- 80% do bilhão de sacolas de compras produzidas e distribuídas por mês, no Brasil, viram sacolas para lixo doméstico.
- A matéria-prima usada para a fabricação da sacola plástica hoje é o polietileno, feito a partir do petróleo substância não renovável, feita de uma resina chamada polietileno de baixa densidade (PEBD) e sua degradação no ambiente pode levar séculos,
– Essas sacolas demoram cerca de 200 anos para se decomporem na natureza. Esse é o prazo médio estimado por especialistas, já que ainda não é possível afirmar com certeza o tempo exato de degradação desse tipo de material
- A decomposição do plástico libera gás carbônico e água. O excesso de gás carbônico é um dos fatores que provocam o efeito estufa
-Os saquinhos também são uma das causas do entupimento da passagem de água em bueiros e córregos, contribuindo para as inundações e retenção de mais lixo. Quando incinerado libera toxinas perigosas para a saúde.
O QUE ESTÁ SENDO FEITO NO BRASIL E NO MUNDO EM RELAÇÃO A ESTA QUESTÃO?
·Na Alemanha se os consumidores não levarem suas próprias sacolas ao supermercado paga-se um preço salgado por cada saquinho que se utiliza;
· A Irlanda segue o mesmo caminho colocando um imposto de 15% sobre os sacos plásticos;
· Na Inglaterra redes de supermercados já oferecem saquinhos totalmente biodegradáveis;
· Em San Francisco, nos EUA, os sacos plásticos serão banidos e substituídos por sacolas de papel reciclado e materiais feitos com goma de milho ou batata.
· Já em Bangladesh, elas foram banidas de vez, já é proibido fabricar, comprar e portar sacos plásticos. Quem desrespeita a lei, pode pagar multa de até R$ 21 e, se for reincidente, ir para a prisão. O que motivou a histeria foram o entupimento de redes de esgotos e as cheias provocadas pelas sacolas.
· Nos estados de São Paulo e Paraná, os governos e entidades já estão se movimentando para reduzir o número de sacolas plásticas, incentivando com campanhas de esclarecimento a população, visando utilizar suas próprias sacolas para fazer as compras.
· Em torno de 150 empresas brasileiras utilizam o plástico biodegradável, um número ainda pequeno se comparado à utilização do plástico comum.
· Desde 2003, mais de 2.400 toneladas de embalagens plásticas totalmente degradáveis já foram produzidas e consumidas no Brasil
· Pesquisas estão sendo feitas no Brasil para a produção de plásticos a partir da cana de açúcar e milho.
O QUE SE PODE FAZER?
Existem várias maneiras de amenizar o impacto dessas sacolinhas plásticas. A conscientização em torno do problema é o primeiro passo. Outra grande idéia é aos poucos substituir as sacolas plásticas descartáveis, ou por sacolas realmente biodegradáveis ou por sacolas não descartáveis. Seguem algumas dicas de como começar a diminuir o uso das sacolas descartáveis:
Comece a levar uma sacola própria para fazer as compras, seja no supermercado, na venda, quitanda ou feira. Não importa que nela não caibam todas as suas compras, pelo menos uma parte delas vai para a sua casa sem utilizar os saquinhos;
As famosas "sacolas de feira" são uma grande dica, seja ela de plástico resistente, seja de pano;
Se a quantidade de compras seja muito grande, peça no supermercado caixas de papelão para transportar as compras. Algumas redes de supermercados já oferecem esta opção;
Caso seu supermercado utilize sacolas biodegradáveis, de preferência para estas;
De preferência pelos sacos de papel;
Referência:
Maurício Waldman Dan Schneider, Guia ecológico doméstico, Editora Contexto.
Revista New Scientist, 11/09/2004.
Sites visitados:
http://www.slideshare.net/ecoamigos/plasticos-e-meio-ambiente/ acesso em 23/10/2007.
Engenheiro Ambiental Responsável pela pesquisa: Sulana Leier Soares – Ability Consultoria – 47 3371 1913 – 8423 6064

MECANISMO DE DESENVOLVIMENTO LIMPO

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O que É mDl?

O Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) é um dos mecanismos de flexibilização criados pelo Protocolo de Quioto para auxiliar no processo de redução de emissões de gases do efeito estufa (GEE) ou de captura de carbono (ou sequestro de carbono) por parte dos países do Anexo I. O MDL que tenha sido registrado com sucesso na ONU (UNFCCC) gera CER's - Certificados de Emissões Reduzidas, que são créditos de carbono.

Tipos de MDL

·         Eficiência energética na indústria Cimento

·         Substituição e/ou otimização de combustvel

·         Produção ou Refino de Petróleo

·         Transporte

·         Aterros Sanitários e Tratamento de Resíduos Sólidos Urbanos

·         Pequenas Centrais Hidrelétricas

·         Projetos de Energia Eólica

·         Geração e co-geração de energia elétrica utilizando biomassa

·         Biogás - Suinocultura

·         Reflorestamento

VASSOURAS A PARTIR DE PET

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Este projeto de cunho sócio-ambiental permite que as empresas que visam apoiar comunidades e cooperativas de catadores da região onde desenvolvem as suas atividades, implantem uma fábrica de vassouras utilizando material de garrafas PET e madeira de reflorestamento.
O projeto, além de diminuir o uso da piaçaba retirada da natureza, tem a possibilidade de aumentar a renda das comunidades ou cooperados atendidos, agregando emprego e renda pelo trabalho desenvolvido.

Exemplo de fábrica montada:
• Capacidade produção mensal: 100 (cem) dúzias de vassouras.
Seu diferencial surge de diversos aspectos:

• Produto ambientalmente correto.Confeccionado a partir de resíduo sólido descartável, a garrafa PET, que demora 100 anos para se decompor. Sendo sua matéria prima, contribui com a conservação e proteção do meio ambiente.
• Baixo custo e facilidade de implantação

Trata-se de uma tecnologia simples, de fácil implantação e baixo custo. A mão de obra é facilmente captada e treinada, devido ao processo simplificado de sua confecção.
• Boa rentabilidade e mercado promissor
http://www.ideaciclica.org.br/htm/projetosatuais.htm#11

DESCONTAMINAÇÃO DE LAMPADAS FLUORESCENTES

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O rompimento do bulbo de uma lâmpada fluorescente lança na atmosfera uma poeira fosforosa, rica em vapor de mercúrio e altamente tóxica. Entre outras substâncias, ela contém cádmio, cobre, bário, níquel, chumbo e cromo - um grupo de elementos conhecidos como metais pesados, capazes de ir direto para os alvéolos pulmonares de quem estiver exposto a esse lixo.

Detalhes Técnicos

Composto de um tambor metálico de 200 litros, possui um triplo sistema de filtragem:
• Um para pó fosfórico;
• Um para partículas de vidro;
• Um para retenção de gases venenosos.

Foi submetida a testes no IPT da USP, em que recebeu certificação por atender, de forma excelente, à norma ABNT-NBR 10004, que dispõe sobre o descarte de resíduos sólidos. O Papa-lâmpadas é o único equipamento exclusivamente testado para atender as normas da ABNT-NBR 10004 e O.S.H.A. método NIOSH 6099. Tem capacidade para compactar aproximadamente 850 lâmpadas.
Por este motivo, e para possibilitar que as empresas possam atender as normas da ABNT-NBR 10004 e O.S.H.A. método NIOSH 6099, que refere-se ao manuseio de resíduos sólidos, o IDEA Cíclica consolidou uma parceria com a Naturalis Brasil, e está trazendo para o Rio de Janeiro a tecnologia capaz de destinar corretamente e com segurança, lâmpadas de qualquer tipo, da forma mais simples e barata possível. É o sistema Papa-Lâmpadas, e funciona da seguinte forma:

O IDEA CÍCLICA se desloca até o cliente que tenha lâmpadas para destinar e no próprio local, processa a descontaminação das lâmpadas de mercúrio, levando no ato seguinte, todo o resíduo oriundo do serviço (vidro/alumínio/filtros saturados com metal pesado), para destino correto, fora do site da empresa.
Além de eliminar os riscos do manuseio, e os custos de transporte existentes no descarte, o sistema "Papa-Lâmpadas" oferece outros benefícios agregadas entre eles:
• Destinação correta dos resíduos e metais pesados
• Redução real dos preços praticados por lâmpada descartada
• Recuperação de área produtiva desperdiçada na estocagem de lâmpadas queimadas
• Adequação aos requisitos para obtenção de certificações, como o ISO 14000, através do atendimento às normas ABNT-NBR 10004
• Vantagens políticas e mercadológicas pela escolha de atitudes corretas ao meio ambiente
• Construção de uma boa imagem junto à comunidade