EMPRESAS QUE VIVEM DA RECICLAGEM DOS RESÍDUOS DO VESTUÁRIO

domingo, 17 de junho de 2012

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Produção de fios
Algumas empresas já perceberam que é possível dar um destino fácil aos resíduos Têxteis. Um exemplo é do grupo empresarial de Brusque, que reúne as empresas Benetex e enefios, que desenvolve produtos oriundos dos resíduos da indústria do vestuário. A Benetex recolhe os retalhos de tecido plano e malharia (sem elastano), já separados por cor e tipo. O material passa por uma máquina chamada rasgateira, que desenvolve um processo de desfibragem e transforma em fardos prontos para o processamento. A Benetex produz o desfibrado para uso em fiação open-end e para indústrias de esfregões e escovas. Em março de 2009 a empresa alcançou um volume de 1.500.000 (um milhão e quinhentos mil kg/mês) de desfibrado coloridos. A outra empresa do grupo, a Benefios, utiliza-se da matéria-prima desenvolvida pela Benetex para produzir fios reciclados titulados a 4/1 e 8/1. Um dos produtos da Benefios é o Adamis, constituído de jeans desfibrados, formando fardos de algodão e utilizados pela indústria automobilística para compor as partes que utilizam não tecidos e têxteis técnicos. Os produtos da Benefios também atendem os produtores de redes de descanso, barbantes, material para crochê e artesanato, tapetes, luvas de proteção individual e decoração em geral.
Fios para produção de diversos materiais e setores
As fábricas de estopa existem há muitos anos no Brasil e utilizam os resíduos têxteis como matéria--prima. A estopa aproveita os resíduos de fios (algodão, acrílicos, etc.) e tecidos que são classificados por cor e qualidade, permitindo a fabricação de diversos.
tipos de estopas e conforme suas características para diversas funções.
Até pouco tempo atrás as estopas eram produzidas exclusivamente com restos de fios e atualmente parte da produção de estopas é desenvolvida a partir de retalhos de roupas, toalhas, cortinas e de retalhos da indústria de confecções. Esse mesmo processo permite o fornecimento de matéria-prima para enchimento de colchões, insumos para a produção.
De papel moeda, sapatos, peças para veículos, tapetes e decoração. O processo de produção desses produtos é composto de todas ou de algumas das seguintes etapas:
• Separação: os retalhos são separados em função de seu estado, características da matéria--prima, cor e comprimento.
• Trituração: depois de separados, os tecidos são triturados em pedaços muito pequenos até ficarem praticamente desmanchados.
• Beneficiamento: o material triturado sofre adição de uma mistura de poliéster.
• Fiação: após beneficiado passa por uma maçaroqueira e por um filatório para ser transformado em fio.
• Tecelagem: o fio pode ser transformado em tecido novamente.
• Tingimento: após a tecelagem, o tecido pode ser novamente tingido com a cor desejada, caso necessário.
(As estopas, por exemplo, passam por duas dessas etapas: a separação e a trituração fragmentação). A implantação desses processos produtivos só é viável em função do volume dos resíduos. As empresas do vestuário têm preferido fornecer os retalhos para as empresas que desenvolvem as soluções do que implantá-las.

EMPRESAS BUSCAM ALTERNATIVAS PARA USO DE RESÍDUOS DE TECIDOS

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M.Officer

A M.Officer desenvolve pesquisas para a utilização de tecidos tecnológicos. Em 1994 lançou
coleções com jeans PET e mais recentemente desenvolveu parceria com empresas têxteis para o desenvolvimento de novas fibras que unem os avanços tecnológicos com o aproveitamento dos resíduos industriais da confecção.
Eis que surge a fibra de poliéster, produzida com 10% de PET reciclado, com excelentes características técnicas e 20% mais fina do que outras fibras de algodão, além do apelo ecológico. Essa fibra foi utilizada para o desenvolvimento de jeans que possui em sua composição retalhos de tecidos, sobras de fio e até tecidos usados que se transformam em matéria-prima para um novo tecido. Esse é um exemplo de como empresas de diversos elos da cadeia produtiva podem gerar soluções para a utilização de seus rejeitos e, consequentemente, reduzir o impacto ambiental.

Dudalina
A Dudalina montou um programa de reciclagem que desenvolve ações para redução dos desperdícios em seus processos produtivos. A empresa coleta seus resíduos, separa-os por cor e tamanho e vende uma parte para fabricantes de estopa e a outra parte é doada para entidades sem fins lucrativos que desenvolvem peças de patchwork de colchas, aventais, luvas e outros produtos. Os demais produtos são vendidos aos coletores de lixo para reciclagem.

Empresa Usa Restos de Tecido Para Fazer Papel

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As aparências enganam sim. O moleskine aí de cima, apesar de sugerir o contrário, não é só mais um bloquinho e papel reciclado. É uma caderneta feita de restos de tecidos. A capa, mais especificamente, foi produzida com fibras de jeans usado. A ideia de produzir papel a partir de sobras de algodão descartadas durante a produção dos panos é de uma empresa portuguesa, a Moinho. A companhia transforma a matéria-prima em artigos variados, como embalagens, convites e álbuns e… moleskine.
Seu Manuel Moreira dos Santos, um português simpático que vive há seis anos no Brasil, está em um dos estandes da Rio+20 para tentar trazer a patente ao Brasil. Sua intenção é convencer a marca Osklen a produzir por aqui o tal papel de restos de tecidos. “A gente pode transformar as sobras em sacolas para os clientes”, afirma.
Segundo ele, as fibras que restam hoje do processo produtivo são incineradas. Ao serem reaproveitadas, deixariam de emitir gases poluentes na queima. E ainda seriam usadas em um novo produto. Tentativas não faltam de colocar em prática a economia verde na Rio+20.

Publicado por Textile Industry em 17 junho 2012 às 12:36